terça-feira, 26 de setembro de 2023

terça-feira, 14 de novembro de 2017

I FEIRA DE LIVROS E POESIA NO ARMAZÉM DA CIDADE - 10 de Novembro de 2017

Linda festa literária foi o que aconteceu no Armazém da Cidade com a I Feira de Livros e Poesias. Promovido e incentivada pela Editora Essencial, pelas mãos de Carloz Torres, a feira somou 12 horas de rodas de conversas, palestras, leituras, lançamentos de livros, 3 editoras participantes, muita música e poesia, poesia reverberando na Vila Madalena - São Paulo.

Foram reunidos e convidados muitos poetas e escritores de vários cantos da cidade de São Paulo, e até mesmo das cidades Rio de Janeiro, Iguape e Jundiaí.





quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Um dia por vez


tive um noite dessas com muitas pessoas - pensei em pesadelo - o espaço era tétrico - eram muitos..... nesse espaço, talvez umas 500 pessoas - sedentas, doentes, zumbis por sexo, bebidas e sonhando com um beijo - ali todos podiam se beijar a música tocando gritava.... a competição era acirrada - valia beijar a qualquer momento com qualquer um, qualquer um que tivesse boca e aceitasse, qualquer um que fosse qualquer uma naquele qualquer noite.... pensei em pesadelo, mas as pessoas acordadas bêbadas sonhavam um beijo....

segunda-feira, 14 de julho de 2014

CONCURSO DE POESIAS

Poetas!
O espaço Cantinho do Girassol e a Editora Essencial promovem  partir de hoje o, a nível nacional, o concurso abaixo.
Maiores informações e regulamento do concurso 
www.premiopalavraencanta.blogspot.com.br


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Foto: Carloz - Minhocão São Paulo

Amor

Líquidos poéticos derramam palavras-desejos em cartas de concreto. Estou em Julho e seus instagrans-olhos-verdes pela avenida de sampa me diz que somos eternos... Não há imagens ou frases feitas obsoletas novelescas embaixo desta corrente violenta viaduto mais poderosas do que nossas poesias, corações vivificantes. Pulsar invisível aos preconceituosos e humanos padronizados.
Em São Paulo estamos cercados de extraterrestres e alguns humanos zen, simples e solidários. No meio de milhões de sonhadores, consumistas capazes de vender as mães por dinheiro... para um dia entrar na TV... para um dia ostentar aos espelhos das ilusões.

Sampa espelha vida e morte. E prefiro o amor, vestido de olhos verdes.


domingo, 22 de junho de 2014

Há loucura nos olhos - Parte 1


- Amor, não vá se precipitar - pegue o táxi mais sujo - abençoe a noite das prostitutas - coma um pastel na Avenida São João - e ouça, ouça Tom Waits, sim? - Me conta, qual a graça no debruçar de favores!? Estou indo embora debruçada sobre as Flores do Mal.... Estou exausta amor, não ouço mais nossas canções. O irrecuperável rói a lassidão das noites de esquecimento.... - Amor, as avenidas cantam outra madrugada e os faróis, as estrelas se afastam de noites mal halitosas e você insiste erótica. Muros sem saída. Dedos afastam seus lábios úmidos, outro cara, outro beijo... - Ahh essas noites parecem melhores longe dos seus olhos, estrelas e o passado num traçado de lembranças. Os ladrilhos estão escorregadios e não afastam os tombos e pesadelos encostados... Outros ombros, meus seios apontam um berço vizinho assombrando teu sexo... - .... Porque não volta amor? Não vou te buscar na noite.... - Retrovisor revolve o tempo, e eu freada na clara obrigação do silêncio para deixar partir o que já não estava aqui! - Estamos no século dezenove amor - me perco no controle remoto - porque você não volta ? Sou um paraíso perdido? Posso escrever sobre seu corpo? Também posso te dar aquela criança acordando? - Pode escrever sobre essa coisa sonhada que se arde como fogo vivendo como um nada! Pode falar sobre as crianças que vivem vertiginosamente num ventre de abismo escancarado! - Depois das seis, amor, há loucura nos olhos da entrega.... Depois das dez, amor, páginas de um novo romance... E posso escrever aos anjos.... - Depois das dez me encontrará em contos e orações curtas, nossos demônios e relíquias emocionais aprisionados em páginas e folhas atrás da cama.... - A porta do apartamento se abre e, amor, seu olhar triste, tristeza funesta e previsível me faz apertar outro botão do controle.... (quem sabe discovery chanel...) Gostou, amor? Gozou, amor? Ou tomou uma coca cola na rua? - Gozei amor, estou voltando porque atravessei Paris e lá estava fervilhando. Atravessei a mim mesma e os lugares em que você não era cenário!
- E voce não vai me contar as paisagens masculinas, sei.... de todos os olhares mentais, lascivos .... estremecidos..... Sei, amor. a madrugada parisiense, sei de seus olhos perdidos.... (passo para o meu tempo, meus pensamentos e zapeio a tela da tv) .... o chuveiro forte, mãos sagradas molhadas apoiadas em palmas cristais...as mesmas que tocarei nas manhãs impossiveis .... chorando.... mas agora vai amor,  atravesse a janela de versos catatonicos, doentios, - e secretos jardins deslizarão ante meus olhos turbulentos - avenidas sensíveis - estados das coisas - semáforos intermitentes -
( e a tv chiando)
Será uma fase ? Não, não fugirão desta vez .... O seu rosto leve e triste, a voz que não esquecerei, o olhar antes e depois - antigos sobre o balcão -

Vai amor, e me diz o que sentiu  perto destas estrelas - acalme meu lisergico coração ..... Experimente  dentes, lábios dos limitados.... Nesta madrugada sem fim - Posso perguntar alguma coisa a mais ?


CArloz Torres
Fronteiras do invisível
onde as fronteiras da amizade
e o paraíso coexistem
penso tocar um piano a canção da fuga da loucura;
seus lábios sua mente fugaz suas pernas na praça no carro -
entremeados versos neste setembro estranho...
mesmo por festas de estranhos solitários..

mas posso tatear no escuro o corpo solitário... ouvir um jazz
e caminhar pelas ciclovias desertas - cidade solitária - do modo que somos e nao acreditamos que podemos - atrás de algum sonho possível ou minuto seguinte -

ultrapassar as fronteiras e superar as fotos antigas
superar sentimentos enterrados
ouvir vozes das fotos mentais
tremer com seus passos invisiveis na sala no quarto na cozinha
em qualquer rua
porque sei que de qualquer forma voce existe e ninguém pode negar
e sua companhia amorosa carinhosa companheira
jamais vou esquecer
entre versos neste setembro estranho e solitário...

CARLOZ TORRES
www.facebook.com/carlos.a.torres


domingo, 25 de maio de 2014

Esclarecimento sobre esse blog

Olá amigos e amigas, realmente fico muito encantando com todos os comentários. Criei esse blog como um canto de trocas de idéias entre poetas e poesias claro..... infelizmente muitos dos poetas sairam e não postaram mais. Eu tenho dado continuidade com minhas poesias. Alguns estão confundindo com Evandro, mas está valendo....mas estou apenas esclarescendo...... Carloz Torres

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Meu eu no asfalto dos pensamentos íntegros - seu belo no quadro ininteligivel - uns amigos p esquecer - o alinhamemto necessario - esqueco perco ganho sou brasileiro

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Existência



Manhã de sábado
Entardecer de eternidades
Até  anoitecer estrelado 
meu amor sentou e esperou – 
mas não domino as esferas sociais 
meu poder está em palavras 
e não deposito em caixas eletrônicos ou pagam sujeiras


aos moradores de ruas - um triunfo 
aos caroneiros - paisagens
aos viajantes – lugares distantes da família


moro na cidade que sufoca o rock
perpetua o consumo 
e isso é uma merda


vou pelas ruas qual existência
amante dos anos 60
mesmo por dias violentos – fatos cotidianos hoje
pessoas – faces enferrujadas ...
polícias matando...


vou pelas ruas qual existência
coração por nuvens de algodão
e idéias sublimes – 
vou como homem
tal qual páginas passos vozes dificuldades ciências sabedorias teorias perfumes transparências e uma sintonia
           infinita com o sensível das coisas


se não entendem – sol existe de testemunha
e ainda assim vou – pela estrada...


qual existências suaves...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Corpo de Aluguel



Corpo de aluguel

Tudo se conforma em teu corpo,
se ajusta, se entremeia em tuas entranhas,
ainda que sejam áridos teus sentimentos.
Nada de novo em teu semblante obscuro.

O que há no seu frio olhar
que ninguém decifra?
E, no entanto, te procuram
os homens sedentos de amor...

Um amor feito de luxúria,
de tempestade sem vento,
de pura fantasia e fingimento –
o coração sôfrego batendo.

Sobre teu corpo naufragam navios,
rompem-se velas e caem vigorosos mastros.
Em ti, nada se perde e nada se cria –
tudo é engolido, tudo se desfia.

BELEZA


Beleza
Por que te orgulhas de tua beleza?
Acaso ela é eterna como os diamantes
Ou brilha mais que a realeza
Dos últimos corações amantes?

O que faz teu belo semblante,
Além da alheia admiração?
Acaso refresca, no teu amante,
As dores ciumentas do coração?

Não é a tua beleza temporal?
Tão frágil, embora ainda viçosa,
Espera na velhice, bem ou mal,
A derradeira e inevitável cova.

Teu orgulho falho é como a vela
Que se consome ao sabor da chama
E não tem nenhum valor na terra,
Exceto no fogo ardente de quem ama.

Acalma de teu espírito o gelado brio
E esconde o objeto de tua paixão.
A beleza só é bela quando está no cio
E só é eterna se fazes dela uma canção.

E vou ao país das palavras

E vou ao país das palavras –
absorver seu cotidiano –
tocar suas mãos em perfeita simetria –
ouvir seus pensamentos dispersos –
me perder - interiores estranhos –
de janelas em janelas.... –


quadros invisiveis pendurados paredes sintéticas –
e os problemas, poeiras pelos cantos -  quietos
promessas sob abajur – seu corpo alongado ....


outros textos na escuridão – imperfeições aos seus olhos –
ainda que leds insistam, pisquem no final da tarde – 
e voce não aceite meu convite –
a noite vem ...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lunático (Evandro Luis Mezadri)



Parte o lunático...

Vestido pela íntima solidão
Duelando com as sombras do passado
Ruas são labirintos de fogo
aquecidas por cobertores de ossos
Árvores são testemunhas
e suas folhas espiãs
brincando entre os galhos da madrugada

Morcegos voam
entre rasantes tentativas de alegria
Cães ladram
a fome angustiada dos mal-nascidos
Gatos esquartejados nas autovias
e seus cérebros pisoteados
pelos carros rumo ao sul

Parte o lunático...

O riso mórbido como guia
Abre-se uma fenda na abóbada
Raios selvagens estupram
as estrelas donzelas
e elas derramam pelas nuvens
lágrimas vermelhas
Como o gozo de um vinho barato
sobre o solo poeirento da cidade

Parte o lunático...

Em sua hipnótica caravela
Velejando pelos prolíferos mares da loucura
A lua a beijá-lo
Uma tempestade de anseios
derramada em pernas e seios
entrelaçando as veias pulsantes dos desejos
Filho do deleite
Em uma colheita
de douradas novidades
Caminhando pelos campos antes inóspitos
A música refletindo
o erótico flerte
da vida com a morte

Espasmo

Açoite

Finda mais uma luxuriosa noite
ao ser atravessada
pela espada flamante
do divino crepúsculo

E o lunático retorna...

ao seu frio reino de tijolos à vista
Pedindo em seus credos de arremedo
para a alma uma benção
e para o corpo um esteio
quando a amante embriaguez se foi
e a esposa ressaca veio!